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Meio milênio antes de Cristo, o príncipe hindu Sidarta Gautama deixou seu luxuoso palácio e sua família para seguir os passos da mendicância, do jejum, da meditação. E acabou criando uma religião que crê no homem e que, hoje, influencia cada vez mais pessoas no Ocidente. Com você, a fascinante história de Buda e de sua doutrina

Há 3 000 anos começaram a se formar as principais filosofias e religiões que organizaram as visões de mundo do homem contemporâneo. Alguns filósofos, como o alemão Karl Jaspers, dão a essa época o nome de Era Axial. Axial diz respeito a eixo. Foi, portanto, quando o homem começou a buscar o seu eixo. Ou, segundo Jaspers, quando passamos a prestar atenção em nós mesmos. A Era Axial estende-se entre os séculos VIII e II a.C. “Nessa época, as pessoas discutiam sobre espiritualidade com o mesmo entusiasmo com que hoje se discute futebol”, diz a escritora inglesa Karen Armstrong, uma das mais respeitadas estudiosas de religião, autora de best-sellers como Maomé e Buda. Os historiadores ainda não sabem o que causou esse despertar para a religião e para a filosofia, nem por que ele se concentrou na China, no Mediterrâneo Oriental, na Índia e no Irã. Acredita-se que com as sociedades agrícolas, mais estáveis, o homem ganhou tempo extra para dedicar-se à contemplação.

O certo é que todos os sábios desse período parecem seguir um caminho comum quando conclamam seus contemporâneos a radicais mudanças em suas vidas. Do século VIII ao VI a.C. os profetas de Israel reformaram o antigo paganismo hebreu. Na China dos séculos VI e V a.C., Confúcio e Lao-Tsé chacoalhavam as velhas tradições religiosas. Na Pérsia, o monoteísmo desenvolvido por Zoroastro expandiu-se e influenciou outras religiões. No século V a.C., Sócrates e Platão encorajavam os gregos a questionar até mesmo as verdades que pareciam mais evidentes. Tudo acontecendo mais ou menos junto. E é bem no meio dessa era, no século VI a.C., que surge o criador do Budismo, uma das mais influentes religiões do mundo, hoje com quase 400 milhões de adeptos.

No caldo da primeva Era Axial, a Índia também passou por grandes transformações. Sua cultura foi dominada pelos arianos, antigos povos nômades que teriam migrado da Ásia Central 4 000 anos antes. A sociedade ariana dividia-se em castas: brahmins, os sacerdotes; ksatriyas, os guerreiros e governantes; vaisyas, os camponeses e criadores de gado; e sudras, os escravos ou marginais. O que determina a inclusão em uma dessas classes é a hereditariedade – ou seja, somente aquele que nasceu de mãe da casta bramânica podia realizar rituais e curas. Para os brâmanes, a essência do universo está em Brahman, deus primordial que se expressa em uma infinidade de outras deidades. Sua rígida espiritualidade é expressa nas escrituras sagradas conhecidas como Vedas. Na Índia dessa época, os sacerdotes tinham uma espécie de reserva de mercado. E, assim como acontecia em outras regiões, surgiu uma revolta contra esses sacerdotes e seus rituais – que incluíam sangrentos sacrifícios de animais.

Mas novos movimentos reinterpretavam as antigas tradições, procurando afastar-se desses rituais e buscar outro tipo de sacrifício, mais interno, de renúncia às coisas do mundo – aquela atenção a si mesmo descrita por Jaspers.

É nessa Índia em ebulição espiritual que surge Sidarta Gautama, o Buda. Ele nasceu em 563 a.C. em Lumbini, aos pés do Himalaia, em uma região que hoje pertence ao Nepal. Era um aristocrata, da casta ksatrya, a dos guerreiros e governantes. Seu pai, Shudodhana, era o rei do clã dos sakyas. Vem daí o outro nome pelo qual Sidarta se tornaria conhecido: Sakyamuni, ou “o sábio silencioso dos sakyas”. O pai de Sidarta, temendo que se cumprisse uma profecia segundo a qual ele se tornaria um homem santo, cercou-o de luxos e prazeres, acreditando que se o mantivesse ignorante sobre o sofrimento do mundo, iria afastá-lo do caminho espiritual. Sidarta tinha um palácio para o inverno, outro para o verão e um terceiro para a época das chuvas. Na adolescência, vivia cercado por belas moças, ocupadas em diverti-lo em seus aposentos decorados com sugestiva arte erótica. Aos 16 anos, escolheu-se uma noiva para ele, a bela Yashodhara, com quem teria um filho, Rahula.

Pouca coisa mudaria na sua vida até os 29 anos. Apesar de todo o luxo, Sidarta sentia-se infeliz. Certo dia, contra a vontade do pai, saiu para passear fora do palácio e se surpreendeu com quatro cenas que o tirariam para sempre daquela vida de prazeres. Primeiro, viu um velho arqueado, de pele enrugada, movendo-se com dificuldade. Depois, avistou um doente que sofria dores terríveis. Mais tarde, cruzou seu caminho um cortejo fúnebre. Um morto era carregado por amigos e parentes que choravam sua perda. Foi um choque e tanto para alguém que sempre vivera protegido, sem se dar conta de que tudo que nasce também se degenera, envelhece e morre. “A imagem que temos de Sidarta Gautama pelas antigas escrituras é a de um jovem às voltas com problemas existenciais, angustiado por questões ligadas ao mistério da vida”, diz o monge brasileiro Nissin Cohen, que traduziu para o português o Dhammapada, uma das mais importantes escrituras budistas.

A quarta visão do passeio de Sidarta foi um mendigo errante, esmolando por comida. Apesar da sua pobreza, tinha porte ereto, feições radiantes e expressão de profunda serenidade. Sidarta determinou-se a também abraçar uma vida santa e a buscar uma resposta para o sofrimento que viu no mundo. Uma decisão como essa não era tão incomum na Índia daquela época. Acreditava-se que somente quando se abandona a vida doméstica e os laços afetivos para tornar-se um eremita ou andarilho é que se conseguem as respostas para a busca espiritual. Essa busca tinha um objetivo específico. A maioria da população indiana acreditava em alguma forma de renascimento ou transmigração, em um ciclo interminável que começa no nascimento, passa para a velhice, a morte e recomeça em novo nascimento. O ideal que todos desejavam era algo capaz de pôr fim a esse ciclo, que pudesse libertar o espírito desse movimento circular.

Sidarta abandonou o palácio enquanto todos dormiam. Saiu de fininho, sem ao menos se despedir da mulher e do seu pequeno filho. O príncipe logo aprendeu a dormir no chão e a esmolar por comida. Além da mendicância, a vida de filósofo-andarilho (ou sramana) incluía práticas de meditação. Na sua busca, ele se aproximou de dois famosos mestres e rapidamente chegou aos últimos estágios de absorção contemplativa propostos por eles. Mas ainda não atingira a suprema realização que buscava. Dedicou-se então à automortificação. As práticas ascéticas são comuns às formas primitivas da maior parte das religiões, inclusive no Judaísmo, Cristianismo e Islamismo. O que está por trás da autoflagelação é a idéia de que um rígido controle dos sentidos desenvolve a autodisciplina e transfere o máximo de energia corporal para a atividade mental.

Durante seis anos, Sidarta experimentou privações e dores. Mudou radicalmente a alimentação, ampliando o período entre as refeições. De uma por dia, passou a uma a cada dois dias, três, quatro, até alimentar-se somente a cada 15 dias. Depois, diminuiu a quantidade até chegar à ração diária de um único grão de arroz. Simultaneamente, fazia experiências psicológicas, analisando em si mesmo certas emoções que, acreditava, só poderia eliminar completamente se as observasse em profundidade. Para analisar o medo e meditar sobre a impermanência, passava noites deitado entre cadáveres e esqueletos num cemitério. Ainda assim, não alcançara sua realização final. O próprio Sidarta descreve os efeitos dos jejuns: “Quando eu pensava estar tocando a pele do meu abdomem, era a minha coluna que eu segurava”. Abandonou essas práticas quando já era quase só pele e ossos. Sua experiência provou que a autoflagelação embota a mente em vez de favorecê-la.

Ele intuiu, então, que o caminho para a libertação não estava nos excessos de ascetismo, nem nos da sensualidade, mas em um ponto de equilíbrio entre eles. Vem daí a expressão “caminho do meio”, um dos pilares do Budismo.

Sidarta voltou a comer. Segundo conta-se, uma porção de arroz e leite oferecida por uma jovem que o encontrou quase morto à beira de um rio. Dias depois, recuperado, preparou um assento de capim sob uma figueira – que ficaria conhecida como a árvore bodhi, ou árvore da iluminação – na região de Bodhgaya, no norte da Índia. Decidiu então que ou atingiria a iluminação ali ou morreria. Mesmo para um alto praticante como ele, surgiram obstáculos. Alguns relatos os descrevem na forma de tentações e demônios, como Mara, deus indiano da morte. São imagens que simbolizam os obscuros medos reprimidos, fragmentos de memória, dúvidas, fantasias e outros conteúdos mentais tão persistentes e familiares a quem já tenha tentado alguma prática meditativa. Sidarta transpôs esses obstáculos e, serenamente, dominou todos os estágios de meditação. Como fez isso? As escrituras dizem apenas que ele permaneceu imóvel diante das investidas de Mara. Mas há uma pista nas técnicas para lidar com esses conteúdos mentais.

Uma delas é a meditação de ponto único. Nela, a observação concentra-se em um objeto específico (a respiração, por exemplo), controlando ou suspendendo temporariamente o fluxo dispersivo de pensamentos.

Assim, Sidarta tornou-se um Buda numa noite de lua cheia no mês de maio, quando tinha 35 anos. Buda não é um nome próprio, mas uma palavra em sânscrito que significa “o Desperto” ou “o Iluminado”. Esse título passou a definir a condição de Sidarta Gautama e ficou ligado ao seu nome, da mesma maneira como o título de Cristo (“Salvador”) associou-se ao nome de Jesus.

O detalhamento dessa experiência sob a figueira tornou-se o corpo dos seus ensinamentos, cuja essência é não fazer o mal, praticar o bem e purificar a mente. Buda ampliou o conhecimento sobre a mente humana e acreditava ter descoberto uma verdade profunda que lhe permitiu viver grande transformação interior e conquistar a imunidade ao sofrimento. Depois da sua iluminação, passou 45 anos ensinando outras pessoas a fazer o mesmo e organizou comunidades de monges só homens. No início, o próprio Buda não era favorável à admissão de mulheres em sua ordem. Parece que sua preocupação era com a dispersão que a presença delas pudesse representar em uma comunidade que tinha como um de seus pilares o total controle dos desejos. Mas acabou mudando de idéia.

A grande novidade trazida por Buda em sua época foi a idéia de que a vida espiritual, como capacidade de conhecer a si mesmo, não tem nada a ver com as restrições de casta impostas pelos brâmanes. Foi um salto e tanto para a estrutura social da Índia, que aceitou prontamente essa religião tolerante. Buda diz que todos os seres humanos têm vislumbres de iluminação. Isso acontece nos momentos em que aquele insistente e auto-referente “eu” não interfere, quando a mente não se prende ao passado, não sonha com o futuro e se envolve apenas com o momento presente. Esses vívidos momentos de ligação com o aqui-e-agora contrastam com a mente habitual. Eles surgem como relances fugidios, mas podem também ser voluntariamente induzidos pelo processo meditativo. Aí está o fim do sofrimento, a iluminação, o nirvana.

A essência dos ensinamentos budistas está nas práticas meditativas, que se fundam em tradições anteriores ao próprio Buda. Na meditação busca-se cessar a atividade mental ininterrupta, na qual pensamentos e fantasias bloqueiam a experiência direta e intuitiva. Na maior parte do tempo alimentamos pensamentos que podem nos deixar ansiosos, frustrados, com mágoa, raiva, ressentimento ou medo. Tragada por esse vórtice de sensações, nossa atenção perde o foco. É por isso que, muitas vezes, comemos sem sentir o sabor do alimento, olhamos uma pessoa sem vê-la de fato. Por quase meio século, Buda viveu cercado de multidões às quais receitava antídotos para essa dispersão, como a chamada “atenção plena”, prática que consiste em dispensar o máximo de atenção a tudo o que se faz – e que está na base de várias técnicas meditativas.

Buda morreu por volta de 483 a.C., depois de um acesso de disenteria que teria sido causado pela ingestão de carne de porco. Há algo menos divino – ou tão demasiadamente humano – do que morrer de dor de barriga? Sua doutrina foi transmitida através de numerosas linhagens de mestres que se espalharam por vários países. Quando morreu, seus ensinamentos estavam bem estabelecidos na região central da Índia. Havia muitos seguidores leigos, mas o coração da comunidade eram os monges mendicantes, os bhiksus. Sua doutrina se espalhou por uma poderosa rede de mosteiros e tomou diversas formas, adaptando-se a diferentes situações históricas e culturais. Essa característica flexível do Budismo seria determinante para sua difusão. Por ser ele mesmo mutável e impermanente, o Budismo tem um mecanismo interno que barra o fundamentalismo – risco presente em outras religiões, cuja história está manchada de sangue.

“Não deveis aceitar nada por ouvir falar, tampouco porque está nas escrituras”, disse Buda em um discurso. Como sua ênfase é a compaixão, o Budismo não define a si mesmo como solução melhor que qualquer outra. O Budismo primitivo, a rigor, nem era uma religião, mas um conjunto de práticas morais e mentais. No que diz respeito à meditação, essas práticas podem ser vistas como simples técnicas, que não implicam em compromisso com nenhum tipo de religiosidade.

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Kannon Bosatsu, mais conhecida no ocidente como Kuan Yin, como é chamada esta bodhisattva na China. Deidade da Compaixão e da Misericórdia, Kannon é uma das entidades mais cultuadas no oriente.

Antes de falarmos mais sobre essa bosatsu, convém ressaltar um fato curioso: Kannon possui representações tanto masculinas como femininas. Nas tradições budistas da Índia, do Tibet e do Sudeste da Ásia, Kannon é retratada como sendo uma deidade do sexo masculino. Já na China e no Japão, suas representações são femininas. Embora não haja uma explicação conhecida para esse fato, o nome sânscrito de Kannon/Kuan Yin é Avalokitesvara, uma palavra masculina.

No Budismo Shingon, Kannon aparece nesses dois aspectos. O mais tradicional, no entanto, é o masculino, chamado de Kanzeon Bosatsu. Nesta forma, Kanzeon é retratado com o corpo envolto em chamas, vestindo o tradicional robe de bosatsu na cor vermelha, segurando uma flor de lótus com a mão esquerda na frente de seu corpo.

Ela é a Bosatsu da Compaixão, da Misericórdia e da Benevolência. Seu nome por vezes é traduzido como “Aquela que Vê e Ouve tudo”, simbolizando seu voto de ouvir as vozes das pessoas e conceder a salvação aos sofredores e aflitos, dissipando o mal e as calamidades que os acometem.

De acordo com o budismo chinês, Kuan Yin é a “Bodisatva” (ser iluminado) da compaixão. A estátua da deusa fica no templo Puji, na paradisíaca ilha de Putuoshan, na China. Seus visitantes acreditam que ela ouve todas nossas preces, e todos que se sintonizam com sua energia sentirão o quanto é dócil, gentil e, ao mesmo tempo, poderosa. Segundo seus devotos, basta mencionar seu nome para que o sofrimento e as dificuldades sejam atenuadas.

Representada em diversas formas, Kuan Yin pode ser vista acompanhada de um dragão, armada, numa flor de lótus ou em outras formas diversas. Aliás, não é coincidência ver que, nas pinturas de artistas tibetanos, linhagens de Budas e homens santos também aparecem flutuando sobre flores de lótus. Essa é uma forma de representar os tronos da espiritualidade suprema.

Na teologia Budista, Kuan Yin algumas vezes é reconhecida como capitã do “Barco da Salvação”, na qual conduz as almas ao “Paraíso Oeste de Amitabha”, local conhecido como  “Terra pura” ou “Terra das bênçãos”. Lá as almas podem nascer novamente para continuar recebendo ensinamentos até alcançar a plenitude.

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Kannon (Avalokitesvara, em sânscrito): Segundo sua origem, essa é a denominação de uma divindade tanto masculina quanto feminina que, ao observar todas as leis regentes do Universo, salva livremente os povos. Dessa forma, então, ao se dizer seu nome, vem imediatamente em socorro daquele que o pronunciou e, dependendo do pedido de auxílio que lhe foi solicitado, manifesta-se sob diferentes formas. Foi reverenciado desde os mais remotos tempos, especialmente no Oriente, e sempre se mostra pronto a responder, de imediato, às necessidades do ser humano, a qualquer tempo, em qualquer parte do mundo.

Teaser do documentário produzido pela Templo Filmes e dirigido por Rodrigo Furukawa.

Em breve a versão completa!

Ao deparar-se com uma suástica em templos, placas e mapas japoneses, muitos podem ficar intrigados. Aos desavisados, isso pode realmente assustar!

Isso porque, ao ver o desenho deste símbolo, muitos o relacionam imediatamente a Adolf Hitler e ao nazismo. Mas, calma. Existem grandes diferenças entre a suástica budista e a suástica nazista (pelo menos, em seus significados). Entenda melhor a seguir.

Qual é a origem da suástica?

Não se sabe exatamente qual foi o povo que usou a suástica pela primeira vez, mas sua origem é bastante antiga, de pelo menos 5 mil anos. Acredita-se que ela é um dos símbolos mais antigos do mundo. O nome “suástica” é derivado da palavra sânscrito (língua ancestral da Índia) “Savstika“, que basicamente significa “bem-estar”.

Embora os primeiros artefatos decorados com o símbolo tenham sido encontrados na Índia, não é possível associar o surgimento da suástica a uma única parte do mundo. De alguma maneira, notou-se que o desenho apareceu, de forma independente, em diferentes locais ao redor do mundo, há milhares de anos. Cada cultura a utilizava em diferentes formas (no sentido horário ou anti-horário) e por vários motivos, mas todos com significados positivos.

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As tribos nativas americanas (como o Navajo) usavam-na em rituais de cura. Na história européia, o desenho foi associado a deuses nórdicos como Thor e Odin. Na Ásia, o sinal tinha fortes laços com o hinduísmo e o budismo. E, esses foram apenas alguns exemplos. Quase todas as grandes sociedades através da história usaram este símbolo como os maias, celtas, judeus, cristãos e os antigos gregos e romanos.

O que é a Suástica

A suástica é um símbolo místico que originalmente representa a busca pela felicidade, salvação e boa sorte.

A suástica é formada por uma cruz com as suas extremidades curvadas e posicionada em torno de um centro estático. Em algumas culturas a suástica representa o conceito do movimento cíclico e de regeneração da vida.

Também conhecida como cruz suástica ou cruz gamada, este símbolo está presente na história de diferentes culturas antigas, como dos Astecas, dos Celtas, dos Budistas, dos Gregos, dos Hindus, entre outros.

Existem diferentes estilos de suásticas, dependendo da cultura em que era utilizada, mas, fundamentalmente, todas possuem a mesma estrutura em formato de cruz com as pontas partidas.

Essencialmente, existem dois tipos principais de suásticas: com os braços apontados para a direita e com os braços para a esquerda, representando o “masculino” e o “feminino”, respectivamente.

Não há nehuma explicação definitiva sobre o motivo de tantos povos de locais tão distintos utilizarem o mesmo símbolo.

O que a suástica significa no Japão?

No Japão, a suástica budista é chamada de manji (万字). No país, o sinal continua sendo um dos importantes símbolos religiosos para a representação do Budismo.

Na tradição budista, o manji representa a harmonia universal, equilíbrio dos opostos, eternidade e boa sorte. O manji é composto por vários elementos: um eixo vertical que representa a junção do céu e da terra; um eixo horizontal que representa a conexão do yin e do yang; e os quatro braços que representam o movimento e a força giratória criada pela interação desses elementos.

No Budismo, a suástica orientada para a esquerda (em japonês significa “omote manji“- manjifrontal) representa o amor e a misericórdia. Já, a orientada para a direita (“ura manji“- manjitraseiro) caracteriza a força e a inteligência. Ambos os símbolos podem ser empregados, embora, o sinal virado para a esquerda seja o mais predominante no Japão.

 

Símbolo da suástica em mapas japoneses

Se você olhar para uma cidade no Japão através do Google Maps, você poderá encontrar vários símbolos manji representando a localização dos templos Budistas.

Mas, há alguns meses cogitava-se a substituição do símbolo para um ícone com desenho de um pagode (torre de vários níveis). Essa medida visava, justamente, evitar conotações nazistas, já prevendo o grande fluxo de turistas para as Olimpíadas de 2020.

No entanto, decidiu-se deixar o símbolo inalterado. Essa mudança de decisão deve-se, principalmente, a um movimento que pedia pela manutenção do manji. Ao invés da troca dos ícones, pedia-se a divulgação e o esclarecimento às pessoas sobre as diferenças entre as duas suásticas e o verdadeiro significado do manji.

Realmente, é importante que os turistas saibam sobre a conexão do budismo japonês com o manji. É, também, necessário que as pessoas entendam que o significado original da suástica nunca teve conotações malignas. O que vocês acham?

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Seus trabalhos tem uma leitura vigorosa das lendas e gravuras japonesas (Ukyio-e). Seu trabalho é sempre mais emocional e intuitivo que técnico. As tatuagens orientais, normalmente feitas em fechamentos corporais, utilizam-se desde seres mitológicos até flores e paisagens.

As tatuagens japonesas têm significados diversos e é muito importante sua identificação e sabedoria sobre o que pretende tatuar em seu corpo. Nesse espaço do site, iremos, no decorrer do tempo, colocar algumas curiosidades sobre alguns desenhos.

Hannya

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O Hannya é um exemplo dos muitos tipos diferentes de máscaras usado pelos atores japoneses tradicionais de teatro Nô.

Sua fisionomia é na maioria, confundida com outras máscaras como o Namanari e Oni.

Máscaras

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As máscaras são usadas para carregar a identidade e estado de espírito ou humor dos vários caráteres que numeram quase oitenta contos diferentes. A máscara do Hannya especificamente representa uma mulher vingativa e ciumenta. Seu ódio, ciúme malicioso e inveja a consumiram, e assim ela se transformou em um demônio, mas com alguns traços importantes da face humana. É representado por uma face com chifres, grandes olhos, dentes pontiagudos, combinados com um olhar de puro ressentimento é ódio. Sua expressão de sofrimento em torno dos olhos e das vertentes do cabelo que sempre aparece representada de uma maneira desordenada, demonstra a sua paixão desvairada.

Diferentemente do conceito Ocidental para inferno e demônios, o julgamento no budismo japonês é que demônios são os confusos sentimentos humanos como a paixão, ciúme e ódio que podem transformar homens e mulheres nessas terríveis criaturas.

A palavra Hannya vem do sânscrito, onde seu significado nada tem a ver com o Demônio japonês. Trata-se de uma virtude atribuída a Buda.

Dragões (Ryu)

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O dragão oriental é um símbolo tradicional de alguns países como China ou Japão e possui o significado de sabedoria, força, poder, proteção e riqueza.

Carpas (Koi)

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As carpas causam fascínio pela sua beleza e cores. De diversas variedades, as cores das carpas são tão fortes e intensas que as tornam visíveis mesmo em águas turvas.

Segundo a lenda, a carpa tinha que atingir a fonte do rio que corta a China, o Huang Ho (Rio Amarelo), na época da desova. Para isso, tinha que nadar contra a correnteza e saltar cascatas até à montanha Jishinhan. A carpa que alcançasse o topo tornava-se um dragão.

Por causa dessa crença, acredita-se que as carpas subindo significa força, coragem e determinação para alcançar objetivos e superar dificuldades, perseverança, e a carpa descendo significa objetivos alcançados, cumpridos.

Serpente (Hebi)

Presente em diversas culturas pode ser interpretada de várias maneiras representando a eternidade, a completude, os ciclos de nascimento e morte e as transformações da vida ou ainda indicar evolução espiritual.

Já na China, a cobra é um dos animais do horóscopo e os nascidos sob esse signo são pessoas inteligentes, magnéticas, astutas e, calculistas quando precisam.

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Como já diz o título, Primavera, verão, outono, inverno… e primavera (Bom yeoreum gaeul gyeoul geurigo bom, 2003) se divide em cinco episódios correspondentes ao ciclo das estações. O filme sul-coreano trata da criação, do conflito, da maturidade e da morte através da relação de um mestre budista com o seu pupilo. Num templo flutuante em pleno lago de um vale idílico, os dois vivem isolados as quatro fases do clima que simbolizam cada uma dessas transformações. Da sua infância até o dia em que substituirá – ou não – aquele ancião, o pupilo deve aprender a conservar os valores da mente e, com a penitência, afastar as tentações da carne.

A sugestão zen pode parecer bem enfadonha, mas o tom de fábula imprimido pelo diretor, roteirista e ator Kim Ki-Duk torna a lição um tanto didática e prazerosa.

Para assistir o filme completo, clique no vídeo abaixo:

Documentário produzido pelo renomado tatuador Marcus Kuhn, que mostra suas viagens pelo mundo e sua visão do que tem de melhor em cada país, visitando bares, museus, tatuadores e etc…

Filme produzido pela Soka Gakkai dos USA organização leiga budista filiada á ONU, fundamentada no Budismo de Nitiren Daishonin, o filme mostra como o budismo pode fazer a diferença em nossa vida diária e como podemos aplicar os principios budistas no dia a dia, conta também sobre a fundação da Soka Gakkai Internacional e sobre suas ações pelo mundo.