Kannon – A Deusa da Compaixão

 

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Kannon Bosatsu, mais conhecida no ocidente como Kuan Yin, como é chamada esta bodhisattva na China. Deidade da Compaixão e da Misericórdia, Kannon é uma das entidades mais cultuadas no oriente.

Antes de falarmos mais sobre essa bosatsu, convém ressaltar um fato curioso: Kannon possui representações tanto masculinas como femininas. Nas tradições budistas da Índia, do Tibet e do Sudeste da Ásia, Kannon é retratada como sendo uma deidade do sexo masculino. Já na China e no Japão, suas representações são femininas. Embora não haja uma explicação conhecida para esse fato, o nome sânscrito de Kannon/Kuan Yin é Avalokitesvara, uma palavra masculina.

No Budismo Shingon, Kannon aparece nesses dois aspectos. O mais tradicional, no entanto, é o masculino, chamado de Kanzeon Bosatsu. Nesta forma, Kanzeon é retratado com o corpo envolto em chamas, vestindo o tradicional robe de bosatsu na cor vermelha, segurando uma flor de lótus com a mão esquerda na frente de seu corpo.

Ela é a Bosatsu da Compaixão, da Misericórdia e da Benevolência. Seu nome por vezes é traduzido como “Aquela que Vê e Ouve tudo”, simbolizando seu voto de ouvir as vozes das pessoas e conceder a salvação aos sofredores e aflitos, dissipando o mal e as calamidades que os acometem.

De acordo com o budismo chinês, Kuan Yin é a “Bodisatva” (ser iluminado) da compaixão. A estátua da deusa fica no templo Puji, na paradisíaca ilha de Putuoshan, na China. Seus visitantes acreditam que ela ouve todas nossas preces, e todos que se sintonizam com sua energia sentirão o quanto é dócil, gentil e, ao mesmo tempo, poderosa. Segundo seus devotos, basta mencionar seu nome para que o sofrimento e as dificuldades sejam atenuadas.

Representada em diversas formas, Kuan Yin pode ser vista acompanhada de um dragão, armada, numa flor de lótus ou em outras formas diversas. Aliás, não é coincidência ver que, nas pinturas de artistas tibetanos, linhagens de Budas e homens santos também aparecem flutuando sobre flores de lótus. Essa é uma forma de representar os tronos da espiritualidade suprema.

Na teologia Budista, Kuan Yin algumas vezes é reconhecida como capitã do “Barco da Salvação”, na qual conduz as almas ao “Paraíso Oeste de Amitabha”, local conhecido como  “Terra pura” ou “Terra das bênçãos”. Lá as almas podem nascer novamente para continuar recebendo ensinamentos até alcançar a plenitude.

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Kannon (Avalokitesvara, em sânscrito): Segundo sua origem, essa é a denominação de uma divindade tanto masculina quanto feminina que, ao observar todas as leis regentes do Universo, salva livremente os povos. Dessa forma, então, ao se dizer seu nome, vem imediatamente em socorro daquele que o pronunciou e, dependendo do pedido de auxílio que lhe foi solicitado, manifesta-se sob diferentes formas. Foi reverenciado desde os mais remotos tempos, especialmente no Oriente, e sempre se mostra pronto a responder, de imediato, às necessidades do ser humano, a qualquer tempo, em qualquer parte do mundo.